Bem Vindos ao Blog do Terror!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Nome de Código: Cloverfield - Ver com comentários

Nome de Código: Cloverfield
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Título Original: Cloverfield
Realizador: Matt Reeves
Argumentista: Drew Goddard
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Ano/País: 2008 - EUA
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Sinopse: “Um monstro extra-terrestre gigante devasta por completo a cidade de Nova York… um vídeo feito no dia anterior a todos morrerem confirma a devastação. Um grupo de amigos chega a Coney Island com uma câmara de vídeo e o filme é o flashback desse fatídico dia…” [Filmes de Terror.com]
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O Meu Comentário:
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Finalmente tive ocasião de ver o Nome de Código: Cloverfield, visto que como não o vi no cinema, tive que o alugar o que não se afigurou nada fácil, estava sempre indisponível, devido á muita procura e pouca oferta (só duas cópias).
Esse sucesso comercial, que de resto também obteve quando exibido nas salas de cinema, é plenamente justificado.

Cloverfield, apesar de entrar em territórios já antes explorados, consegue surpreender pela forma como conjuga a técnica de filmar (câmara na mão) com um bom argumento e uma excelente estrutura narrativa, a forma encontrada para apresentar os personagens, resulta muito bem, garantindo logo de início uma narrativa escorreita e fluida.

A realização, apesar de muito intuitiva, é eficaz, conseguindo mesmo que os operadores de câmara profissionais, filmassem de forma imperfeita com enquadramentos pouco habituais e amadorescos, sendo muitas cenas, inclusivamente filmadas, pelos próprios actores. A montagem é inteligente, simula de forma perfeita tudo ter sido filmado ao vivo e em directo, excepção aos flashbacks, inseridos no filme de forma muito criativa, aproveitando os defeitos de uma filmagem digital amadora, em que a cassete utilizada, tinha sido anteriormente utilizada e os acontecimentos do dia gravados por cima, sendo os ditos flashbacks pequenos excertos da filmagem anterior.

Todas estas técnicas, inspiradas nas filmagens amadoras de acontecimentos trágicos como o 11 de Setembro, resultaram num realismo, bastante credível. Ilustrando, como alguém tentando escapar com vida e simultaneamente registar os acontecimentos reagiria, se na realidade, um animal, de muito grande porte, assustado e desorientado, mas devido ás suas características físicas, muito perigoso e violento, destruísse um bairro de uma grande cidade (no caso Manhattan), lutando (e de que maneira!) pela sua própria sobrevivência.

Uma palavra ainda para os excelentes efeitos especiais e a para seriedade e ajuste com que foram utilizados.

Apenas um senão, não percebo o porquê da inclusão dos pequenos monstrinhos, será que não chegava o grande monstro, é que apesar de bem feitos e de proporcionarem algumas cenas espectaculares, de certa forma descredibilizam os acontecimentos narrados.

De qualquer modo um bom filme de terror, que claramente recomendo, mas apenas a apreciadores do género, podendo ser considerado um pouco ridículo pelos menos apreciadores...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Motel X - 2ª edição

Motel X (2ª Edição)




















Em breve mais informações...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Alucinação - Ver com comentários

Alucinação
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Título Original: Shrooms
Realizador: Paddy Breathnach
Argumentista: Pearse Elliott
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Ano/País: 2006 - Ireland
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Intérpretes: Lindsey Haun, Jack Huston, Max Kasch, Maya Hazen, Alice Greczyn, Robert Hoffman, Don Wycherley, Sean McGinley, Toby Sedgwick, André Pollack, Jack Gleeson, Mike Carbery,Anna Tikhonova, Goranna McDonald, Jake Allen
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Sinopse: “Um grupo de jovens americanos vai até a Irlanda para visitar um colega de escola, que os leva para acampar e procurar os mágicos cogumelos dos contos de fada. Quando as alucinações começam, os jovens são atacados por criaturas fantasmagóricas não sabendo se são reais ou apenas o começo de seu delírio, mas quando um dos jovens come um cogumelo cabeça de morte sem saber o pesadelo do grupo tem uma virada profundamente sinistra.” [Filmes de Terror.com]

domingo, 13 de julho de 2008

Morcegos: Caça Humana (TV) - Ver com comentários

Morcegos: Caça Humana (TV)
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Título Original: Bats: Human Harvest
Realizador: Jamie Dixon
Argumentista: Chris Denk, Brett Merryman
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Ano/País: 2007 - EUA
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Intérpretes: Tomas Arana, David Chokachi, Bill Cusack, Jon Falcone, Melissa De Sousa, Lance Frank, Michael Jace, Todd Jensen, Ivan Kotsev, Hristo Mitzkov, Marty Papazian, Velislav Pavlov,Ivo Simeonov, Mike Straub,George Zlatarev
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Sinopse: “Uma unidade militar de elite, armada e com formação especializada, passa infindáveis túneis a pente fino na tentativa de trazer o seu alvo à justiça. No entanto vão encontrar outro inimigo: Morcegos. [cinema2000.Pt]
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O Meu Comentário:
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Por vezes gosto de me aventurar, nestes filmes de menor orçamento e de qualidade algo duvidosa, pois quando em vez encontram-se agradáveis surpresas, ou filmes que de tão maus acabam por ser divertidos.

Mas infelizmente não foi o caso, Morcegos: Caça Humana é muito mau e nada divertido.
Nunca se define se pretende ser um filme de terror ou de acção série B, depois no enredo conseguem envolver Morcegos geneticamente modificados, com russos, rebeldes chechenos, um cientista traidor e meio alucinado e claro está as fabulosas tropas de elite americanas.

Os efeitos especiais, são amadorescos, os actores são um grupo de "canastrões" e "canastronas", com ar duros e maus como as cobras, mas gélidos incapazes de transmitir emoções.

Ainda por cima os morcegos (feitos por computador e muito mal!) quando intervém é tudo tão rápido, que chega a ser patético...
Enfim, muito, muito mau, mas vou continuar a ver estas fitas (alugadas, no cinema não arrisco), sempre na procura de ser agradavelmente surpreendido...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

CineLençol leva Funny Games à Fonte Luminosa ( 6ª Feira dia 4 )

Tive conhecimento através do blog Cinema Notebook que o MAL - Movimento Acorda Lisboa irá exibir o filme Funny Games (versão original) de 1997 realizado por Michael Heneke, na Praça do Império, Alameda Afonso Henriques junto à fonte luminosa.
A exibição terá início pelas 21h com a introdução de curtas metragens de jovens realizadores.

Como me parece uma iniciativa, muito interessante, achei por bem divulgá-la, também aqui no Blog do Terror.

Apareçam por lá, a entrada é livre.

Errata: Tinha dito Praça do Império, Belém mas o correcto é Alameda Afonso Henriques.
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O meu comentário:

O meu comentário a este evento está no "post" do filme Brincadeiras Perigosas (clique para aceder)

Brincadeiras Perigosas - Ver com comentários

Brincadeiras Perigosas
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Título Original: Funny Games U.S.
Realizador: Michael Haneke
Argumentista: Michael Haneke
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Ano/País: 2007 - EUA / França / Reino Unido / Austria / Alemanha / Itália
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Intérpretes: Naomi Watts, Tim Roth, Michael Pitt, Brady Corbet, Devon Gearhart, Boyd Gaines, Siobhan Fallon, Robert LuPone, Susanne C. Hanke, Linda Moran
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Sinopse: “Neste remake de 1997 um dona de casa de classe média conta a historia de como ela, o seu marido (George) e o seu filho de 10 anos (Georgie) são submetidos a uma tortura física e psicológica, violência e morte por dois inesperados jovens durante as suas curtas férias de fim de semana no lago.” [Filmes de Terror.com]
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O meu comentário:
Na sexta-feira passada vi no evento organizado pelo MAL (Movimento Acorda Lisboa) o Brincadeiras Perigosas original. O evento até correu bem e é de louvar, apesar de algum vento, que agitou um pouco o lençol onde foi projectado e de algum desconforto causado pelo chão duro (mia culpa, esqueci-me de levar a esteira!) teve, no entanto, algumas desistências, umas logo no início talvez devido a facto do filme ser falado, julgo que, em alemão e legendado em inglês, o que para a maioria dos presentes não causou transtorno, mas houve uns quantos que foram, logo embora. Outros desistiram durante o filme, mas também não acho isso anormal, sabe-se que os filmes de Michael Haneke) geram sempre muita controvérsia, não agradam a todos. (quando assisti ao “a Pianista” também houve espectadores a sair do cinema a meio do filme)

Este sábado vi no cinema a versão Americana, que no meu entender, não foi mais do que uma tradução do género das que se fazem das obras literárias, foi cópia total, apenas com diferentes actores. Não quero aqui discutir a pertinência desta versão foi feita com a justificação de chegar a um público mais lato (e mais langonha!). Se é justificativo suficiente ou não, sinceramente não tenho opinião, está feito, está feito, nada mais a acrescentar.

Começo a minha critica, propriamente dita por comparar as duas versões, na única coisa em que diferem, as representações dos actores. Começo pelas duas actrizes principais, Naomi Watts tem uma das melhores interpretações que lhe vi numa obra cinematográfica, mesmo que se retirassem as suas palavras, só o seu rosto trasmitia o turbilhão de emoções por que passou a sua personagem, medo, desalento, raiva e angústia, porém a interpretação de Susanne Lothar foi superior, simplesmente avassaladora, brilhante mesmo.
Já nos actores principais (maridos) achei a interpretação do Tim Roth, o seu esforço de conter as emoções, até ao descarregar com a morte do filho, onde mostra toda angústia que um pai sente ao perder um filho, bem melhor do que interpretação algo apagada do Ulrich Mühe.
As interpretações das duas crianças foram a meu ver equiparadas, boas mas sem grande brilhantismo. Também as interpretações dos jovens psicóticos foram equiparadas, mas aqui já com mestria e brilhantismo perturbando aquela infeliz família e os espectadores, sempre de forma leviana (propositada), como se estivessem a fazer uma tarefa rotineira, e não a jogar jogos psicológicos perversos e fatais.

Brincadeiras Perigosas, é uma brilhante brincadeira perversa e manipuladora de Michael Haneke, em que o objectivo é chamar a atenção para a violência gratuita de algumas obras cinematográficas, responsabilizando o público, e a sua avidez por violência, chegando inclusive a perguntar se queriam mais....

É brilhante, e ao mesmo tempo desconcertante a forma como ele manipula o espectador, sem nunca perder de vista o seu objectivo, e a forma como nesta sua ironia perversa ele consegue transmitir tão fortes emoções, alguns espectadores acharam algumas cenas paradas e enfadonhas, eu pelo contrário achei que essas cenas, transmitiram de forma fiel as emoções desesperadas por que passou aquela família, nas suas últimas horas de vida, servindo para mostrar os efeitos devastadores da violência.

Um filme estranho, mas em tudo faz sentido, mesmo o que aparentemente não faz, faz tudo parte do jogo manipulador e intencionalmente perturbador que Michael Haneke joga com espectador.

Não, não agrada a todos, mas é para mim uma grande obra cinematográfica (mais uma) de Michael Haneke.