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Argumentista: Franck Khalfoun, Alexandre Aja, Grégory Levasseur
Intérpretes: Rachel Nichols, Wes Bentley, Philip Akin, Stephanie Moore, Miranda Edwards
Ano/País: 2007 - EUA
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O cinema de Terror em Portugal
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Ano/País: 2008 - EUA
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Intérpretes: Jessica Alba, Alessandro Nivola, Parker Posey, Rade Serbedzija, Fernanda Romero, Rachel Ticotin, Obba Babatundé
Sinopse: “Este filme “The Eye” é um remake do original “Gin gwai” de 2002. O filme relata a assustadora história de uma rapariga cega desde os dois anos. Aos 18, esta faz um transplante de córneas, mas começa a também ver coisas que as outras pessoas não conseguem ver. Assombrada por estes espíritos, ela conta com a ajuda de um psicanalista para descobrir a identidade do doador e, assim, esclarecer o caso.” [Filmes de Terror.com]
Ano/País: 2007 - Espanha
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Intérpretes: Manuela Velasco, Javier Botet, Manuel Bronchud, Martha Carbonell, Claudia Font, Maria Lanau, Carlos Lasarte, María Teresa Ortega, Pablo Rosso, Jorge Serrano, Ferran Terraza, David Vert, Carlos Vicente
Sinopse: “É a história de uma equipa de repórteres de televisão que decide documentar em directo uma patrulha de bombeiros em serviço durante a noite. O objectivo é registar todos os momentos destes profissionais, mesmo as situações mais arriscadas. A primeira missão da noite é resgatar uma idosa que se encontra fechada no seu apartamento por motivos desconhecidos. Mas algo durante a missão corre terrivelmente mal. O que parecia ser uma simples tarefa de rotina torna-se num inferno. Algo sinistro e maléfico anda à solta e ameaça a corporação de bombeiros e a equipa de televisão. E a câmara continuará sempre a filmar até ao último momento…” [Filmes de Terror.com]
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O Meu Comentário:
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Filme que parte de uma premissa original, em que uma equipa de televisão faz uma reportagem sobre a forma de vida de um quartel de bombeiros, acompanhando uma patrulha num salvamento. Acabam isolados num prédio juntamente com os seus moradores e dois agentes da autoridade, lutando pela sobrevivência, contra zombies (ou infectados, como agora lhes querem chamar!).
Porém essa premissa nunca chega a ser bem aproveitada, por um lado por não conseguir criar um ambiente claustrofóbico que a premissa sugere. A opção da câmara digital resulta em bons momentos de suspense, exemplo o uso do modo nocturno no sótão.
Mas também em alguns momentos de grande confusão e gritaria com movimentos súbitos da câmara pouco relevantes para o desenvolvimento da trama, não resultaram em aumentos de tensão, quebrando a dinâmica e o possível ambiente claustrofóbico do filme.
Por outro lado o filme recorre a truques e sustos que são clichés habituais neste género.
No entanto, devo dizer, que apesar das (no meu entender) falhas aqui apresentadas, me diverti bastante com o filme, ri de vontade (não de chacota) e acho o filme até bem concebido, não sendo um filme que fica para a história do cinema é um bom filme que se recomendo a adeptos de cinema de terror.
Tiago Gomes
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Sinopse: “Voltando atrás nos acontecimentos do Night Of The Living Dead de 1968, George A. Romero re-inventa a forma como os zombies se ergueram da primeira vez, como testemunhado por um grupo de estudantes de cinema. O filme segue este grupo através dos olhos da câmera que o Jason utiliza, um dos participantes do grupo, à medida que cada um deles tenta viajar para suas casas de forma a visitar as suas famílias.” [Filmes de Terror.com]
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O Meu Comentário:
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Apesar da inovação, na forma como filma, aderindo à nova moda(?) de filmar com câmaras digitais e aproveitando as câmaras vídeo-vigilantes de alguns edifícios, como se fosse um documentário-reportagem, no essencial a visão cinematográfica do Mestre Romero mantém-se, e ainda bem.
Um filme onde impera a critica social, com especial foco nos média e nas novas tecnologias, o estudo do comportamento humano em situações de crise (as semelhanças com os acontecimentos de New Orleans não são pura coincidência!), o excelente humor (gostei da homenagem cinéfila às múmias) e, sim, também o terror.
Inventivo sem se deixar cair nos clichés do género, e, mais importante, sem cair em repetições dos seus filmes anteriores.
Num plano mais introspectivo, gostei, da dicotomia em que, se por um lado existe o dever de tentar filmar tudo o que vai acontecendo, para divulgar a verdade dos acontecimentos a milhares de pessoas através da Net, podendo mesmo ser encarado como um acto heróico, por outro lado o poder conferido ao portador da câmara, de emocionalmente passar ao lado dos acontecimentos e se distanciar da acção, como se câmara fosse um escudo, eventualmente podendo ser encarado como um acto altamente altruísta.
Duma forma geral o que mais aprecio nos filmes do Mestre, é a forma como no meio de toda aquela loucura surrealista ele retrata/crítica de forma tão congruente (escarafuncha o dedo na ferida) e realista a sociedade e natureza humana, provando que o género “Terror” também pode ser (e é!) um género nobre do cinema.
Tiago Gomes